terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Feliz 2018


O COLETIVO MULHERES DA GAROA DESEJA A TODXS UM FELIZ 2018


Ações que fecharam o ano!

Mulheres da Garoa na ilha da magia não pára! Mais duas lindas ações fecharam o calendário 2017 do projeto / coletivo de maneira especial:

01 - No dia 03/12 na sede da E.C.Z.C. uma maravilhosa oficina de Maquiagem e turbantes com a Diva Polly Félix e fechamento com o Grupo de Jongo NZungu.
As Mulheres da Garoa esbanjaram beleza, simpatia e empoderamento! #eusou #euposso é o lema dessas guerreiras... As imagens falam por si!






02 - No dia 14/12 na sede do Grupo IDEAL da CM Vermelha, o fechamento das atividades do ano com um super treino ministrado pela CM Vermelha e uma Roda de Vadiação aberta. Não poderia ser diferente: Foi incrível!



E neste mesmo dia abrimos a Primeira rifa do Projeto, onde a ganhadora foi a querida Cíntia Ferrero. Levou para casa um kit de produtos da Indonésia, a Terra da Magia!


Quem em 2018 venham muitas outras ações deste coletivo que chegou para mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser!

Boas festas

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A Primeira grande ação do Projeto - Santos 15/11/17

Mulheres da Garoa na Ilha da Magia: Integração, coletividade e parceria!

O feriado do dia 15 de novembro e a semana da Consciência Negra marcaram o ponta pé inicial do nosso projeto "Mulheres da Garoa na Ilha da Magia", com a realização de um encontro incrível de mulheres capoeiristas de diversas partes da capital e do Estado de São Paulo, em Santos, organizado pela Professora Dani Cavalcante, junto com o Mestrando Azedo, professores e alunos de seu Grupo Aidê Capoeira.
Foi a primeira atividade de integração, que reuniu alunas, professoras e contra mestras de diferentes grupos para um objetivo em comum: construir um coletivo que busque unificar a capoeira, fortalecer o espaço da mulher, trocar aprendizado, fazer amizades, aprofundar relações, e alcançar sonhos.
No Encontro, pudemos viver de tudo um pouco. Movimentações individuias, treino em dupla, com a "ajuda do amigo", roda boa, músicas de arrepiar com a Cláudia Anhuma e sua voz incrível, e música também de autoria da professora Dani, que fez todo mundo cantar.

Ô leva eu... leva!
Pra Capoeira que hoje eu quero vadiar!

Tem muita gente fazendo diferente
E outra gente que só tá fazendo em vão
Na Capoeira a história é referência,
E quem não tem bão completou a missão!

Ô leva eu... leva!
Pra Capoeira que hoje eu quero vadiar!


O Encontro foi a primeira de uma série de atividades que o Coletivo Mulheres da Garoa está realizando para o Projeto. Idealizado pelo Mestre Cacá, da Escola Cultural Zungu Capoeira, com o apoio da sua aluna Pollyana Félix e demais membros, o objetivo é levar um grupo de mulheres capoeiristas de São Paulo para representar esse coletivo em um Encontro Internacional de Capoeira na Indonésia. O projeto inclui a divulgação das ações, visando sempre a integração, participação e o crescimento coletivo e individual de cada participante; um processo seletivo, que selecionará as representantes do grupo; e os movimentos de captação de recursos para viabilizar os custos das passagens das participantes.


Para a professora Dani, "esse primeiro encontro representou uma grande oportunidade para todas desde o início das ações em prol do Projeto. Uma aula com o objetivo de fortalecer a mulher, para que ela ocupe o lugar que é seu e que já existe dentro da Capoeira, com participação e desenvolvimento individual, experiência e aumento de capacitação de todas".
"O coletivo transforma sonho em realidade e novos horizontes! Acredito na seriedade do Projeto sem demagogia e os interesses são de todos! A oportunidade está sendo cedida pela Escola Zungu Capoeira do Mestre Cacá, e cada uma é que saberá como usufruir desse momento! Desde a aluna às formadas, uma experiência única em fazer o que se ama, Capoeira e suas diretrizes em outro país, outra língua, outra Cultura, outro clima. Isso sim é empoderamento! Que todas desenvolvam seu melhor papel e sejam muito bem representadas!", disse Dani.


Professora Dani e o trabalho com idosos

O Encontro foi realizado no Espaço do idoso, local construído pela Prefeitura de Santos, para oferecer serviços de Lazer, Cultura, Esporte e Diversão ao público a partir de 50 anos.
É onde a professora Dani desenvolve seu trabalho de Capoeira com idosos na região. "A Capoeira para os idosos é voltada principalmente para melhorar a qualidade de vida, para que possam continuar ativos em suas atividades diárias. Muitos, quando jovens, praticavam algum tipo de atividade e outros conheceram a Capoeira como primeira atividade física na vida. Melhora a coordenação motora, o cognitivo, equilíbrio, lateralidade e todos os benefícios que a Capoeira proporciona independente da idade. Meu trabalho com eles não se reduz as atividades lúdicas por serem idosos. Eles aprendem e desenvolvem movimentos de Capoeira, cantam, fazem maculelê, samba e sentem o axé como todo bom capoeirista sente! Meu maior orgulho e aprendizado de vida é poder dar aula para eles! Meu aluno mais velho está com 78 anos e não falta em nenhuma aula", conta Dani.


Campanha de arrecadação Mulheres da Garoa

Como parte da campanha do Projeto Mulheres da Garoa na Ilha da Magia, além das atividades programadas (abertas a todos, homens e mulheres, jovens, adultos e crianças), que contam com a colaboração consciente dos participantes, o coletivo está trabalhando também com Rifas e produtos personalizados, como camisetas e canecas, entre outros ainda em produção, para ajudar na campanha de arrecadação de recursos.
Todos podem ajudar! Mestres, professores, alunos, amigos, familiares, empresas públicas e privadas, associações. Todos que queiram ajudar na construção desse coletivo será bem recebido, terá as suas contrapartidas e poderá ter à satisfação de participar desse movimento que está só começando.

PRÓXIMAS AÇÕES
Podem ir se programando! As próximas ações já têm data e local para acontecer:

03 de dezembro das 14h às 18h
- Aula de maquiagem e Oficina de turbantes com a Pollyana Félix
- Oficina de Roda de Jongo com o Grupo N`Zungu
Local: Rua Coronel Diogo, 837 - Aclimação

* Nesta atividade também realizaremos campanha de doação à família Capoeira Guaraúna para reconstrução do espaço de treinos, destruído por uma tempestade. Todos podem colaborar no dia!


14 de dezembro das 20h às 22h
- Treino e Roda com a Contra Mestra Vermelha - Grupo Ideal Capoeira
Local: Sociedade Amigos do Jardim São Nicolau: Rua Georg Riemann, 88 - Jd São Nicolau

* Para todas as duas atividades, contribuição consciente para o projeto!


Texto: Júlia Cruz
Fotos: Vanda Sartori

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Suellen Sereia




Nome: Suellen Rodrigues de Assis Viana
Apelido na capoeira: Sereia
Nascida: 21/11/1991
Monitora do Centro Cultural Aruandê Capoeira, Mestrando Tiziu
Outra especialidade cultural além da capoeira: Atualmente trabalho com artesanatos e tenho conhecimento em Teatro.



Relação com a capoeira:
"Iniciei a capoeira em 03 de setembro de 2003 aos 11 anos de idade com o professor Negão, em um projeto social do meu bairro para a comunidade. Em 24 de outubro o projeto foi assumido pelo professor Coyote do grupo Mãe África na supervisão do Mestre Pica-Pau, permanecendo até 2013 neste trabalho. Em seguida passei a entregar a Escola Capoeira Zâmbiarte na supervisão do Mestrando Tiziu, na época ainda aluna onde dei continuidade e direcionamento das bases que tinha e sou muito grata a meu mestre por todos os ensinamentos e oportunidades, pois graças a isso aprendo a cada dia. Atualmente passamos a integrar a Escola Centro Cultural Aruandê Capoeira, na supervisão do meu mestre. Graças a capoeira conheci meu esposo no mesmo dia que iniciei e hoje damos juntos, seguimento a está paixão em comum e a nossa família que construímos e nossas jóias, nossos dois filhos!"

Porque está neste projeto:
"A ideia em dar oportunidade para a mulher independente de bandeira da escola, a proposta de mostrar a potência real da mulher capoeirista."

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Ellen Nega




Nome: Ellen Priscila da Silva
Apelido na capoeira: Nega
Nascida: 28/01/1983
Aluna do grupo Camafeu Capoeira, Mestre Anão e Contra Mestre Sabonete
Outra especialidade cultural além da capoeira: Só a Capoeira no momento.



Relação com a capoeira:
"Comecei a jogar capoeira no ano de 2000 no grupo Ginga Brasil, com o Mestre Negão (Hoje Cadência Brasil), na supervisão do Mestre Nenê. Peguei duas graduações e engravidei em seguida e acabei afastada devido às dificuldades. Alguns anos depois voltei mas o grupo já estava separado. Fiquei com o CM Sabonete (Já Camafeu) onde estou até hoje. Nunca consegui treinar com constância! Fiquei uns sete (07) anos indo e vindo, parando e retomando, desta forma perdi muitas experiências de manifestações culturais. Meu melhor momento foi acompanhar logo quando comecei, as rodas no Projeto Equilíbrio. Muitos bons capoeiras e naquele tempo o chicote estalava! Devido esses tempos fiz muitas amizades, participei de muitas rodas boas e eventos absorvendo muita coisa boa. Amo demais a Capoeira e luto muito por ela. Fico muito brava quando alguém diminui nossa arte, já compro briga na hora. A Capoeira para mim é minha força, me tirou de buracos e das drogas."

Porque está neste projeto:
"Fico feliz com esse projeto, pois só vem agregar e unir as mulheres da capoeira e dar mais visibilidade e incentivo. Eu estou adorando, nunca fiquei tão perto de tanta Capoeirista, nunca tive nenhuma amiga no grupo para me acompanhar em rodas, pois assim ganho mais experiências ao conviver com essas mulheres de qualidade.Mulheres da Garoa na Indonésia! Eu sou merecedora, mãe, independente, luto pela minha raça e pela minha cultura!"

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Yasmin Navalha



Nome: Yasmin Carvalho Silva
Apelido na capoeira: Navalha
Nascida: 30/04/1997
Instrutora do grupo Liberdade Camará, Contra Mestre Coelho
Outra especialidade cultural além da capoeira: Sou apaixonada pela cultura, uma jovem aprendiz do Maculelê!



Relação com a capoeira:
"Em 2011, quando tinha 14 anos de idade, comecei a treinar capoeira, no grupo de capoeira Moleque Atrevido do Mestre Magrão, o grupo onde meu Pai e minha Mãe fazem parte até hoje. Fui me destacando bastante por causa da facilidade de fazer movimentos. A quatro anos atrás soube pelo Mestre Magrão que iria pegar o cordão de aluna graduada (Corda amarela e azul) e que lá ganharia um apelido de Capoeira. Minha madrinha "Raposa" que hoje faz parte do grupo Simbolo da Paz, Mestre Jô, colocou esse apelido em mim, devido a uma meia-lua que passei em uma formada e todos ao redor vibraram, porque para eles foi lindo ver uma aluna fazendo aquilo. Em 2015 depois que comemorei o meu aniversário de 18 anos no CM Coelho, conversei com o Mestre Magrão e falei que gostaria de conhecer mais o grupo Liberdade Camará. Em seguida conversei com o CM Coelho e lembro até hoje a felicidade dele e de todos, quando soube que eu queria entrar para o grupo. Hoje me formei instutora, graças ao CM Coelho, que sempre me incentivou e sempre pegou no meu pé para eu treinar mais e mais. Esse ano de 2017, foi um ano muito marcante, minha formatura. Só me deu mais força de vontade e me mostrou que é possível chegar onde queremos, basta ter muita dedicação, amor pelo que faz e pensamentos positivos. Aprendi que com a humildade, sabendo chegar e sair, você vai longe, e que a capoeira tem muito a me ensinar."

Porque está neste projeto:
"Essa seleção está unindo mais ainda as mulheres de São Paulo e de outros lugares, juntas estamos lutando para conseguir uma única coisa, levar as mulheres daqui para a Indonésia. Esse trabalho em equipe está cada vez mais me motivando e me mostrando que junto(a)s somos mais fortes. Independente de quem for selecionada para ir para esse lugar maravilhoso, temos que nos orgulhar por ter feito parte desta equipe vencedora. Ver todas essas mulheres juntas, lutando pela mesma coisa, foi o que me motivou mais ainda a participar desta seleção!"

domingo, 5 de novembro de 2017

Jéssica Pitomba



Nome: Jéssica Reis
Apelido na capoeira: Pitomba
Nascida: 05/08/1989
Instrutora do grupo Liberdade Camará
Outra especialidade cultural além da capoeira: A princípio somente a capoeira



Relação com a capoeira:
"Comecei através do meu pai que hoje é mestre e sempre me levava para treinos e rodas de Capoeira."

Porque está neste projeto:
"Conhecer"

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Daniella Cavalcante



Nome: Daniella Cavalcante da Costa
Apelido na capoeira: Dani
Nascida: 14/09/1979
Professora do grupo Aidê Capoeira, Mestrando Azedo
Outra especialidade cultural além da capoeira: Sou formada em Jazz. Fiz dança por muitos anos até o momento que tive que optar entre Dança ou Capoeira. Experiência em Jongo, Samba de roda, Coco, Maculelè, Afro e Frevo!


Relação com a capoeira:
"Daniella Cavalcante da Costa (Professora Dani), 38 anos, residente na cidade de Santos/SP, iniciou a Capoeira em 14/09/1995 (dia do seu aniversário... já levando rasteira!), no grupo Lembrança Negra do Mestre Canhão (Valderi Justino de Souza), Guarujá/SP onde permaneceu por 18 anos. Desde essa data, Professora Dani participou de diversos cursos, Workshop e viagens nacionais e internacionais buscando conhecimento e aprimorando sua capoeiragem. Em alguns dos países onde residiu, como Itália (10 anos), se graduou em Educação física nas leis do País e pôde trabalhar na área fitness administrando aulas de ginástica (aulas de várias modalidades e aspectos) para adultos e terceira idade, aulas de capoeira, maculelê, afro e samba. No Japão, residiu por dois (02) anos, também trabalhou na área cultural e folclórica brasileira, como dançarina e coreógrafa, levando a capoeira em todos os seus espetáculos. Além de uma experiência de um (01) ano na China, onde também pôde divulgar o seu trabalho, viajou outros países como Espanha, Alemanha e França. E dentre tantas viagens, Professora Dani se orgulha em poder ter tido a oportunidade de aprender outras línguas e hoje falar italiano (fluente), japonês (básico), além de ter conhecido mestres importantes no mundo da capoeiragem, trocando experiências com diversos capoeiristas estrangeiros e brasileiros pelo mundo a fora. Atualmente de volta ao Brasil (desde 2013), está novamente fazendo a faculdade de educação física (Pelas leis e burocracia brasileira) continua sua caminhada, com o seu Projeto EDUCAR GINGANDO. Esse projeto tem como intuito além de ensinar a capoeira, em seu aspecto social, cultural e esportivo, também continuar a propagação de línguas estrangeiras no Brasil. É idealizadora do evento NA ONDA DA CAPOEIRA. Hoje faço parte do Centro Cultural Aidê Capoeira, Mestrando Azedo (Eduardo Amaro Gonçalves). Eu e meu mestrando temos uma história de amizade muito forte. Tanto eu como ele começamos na mesma escola Lembrança Negra, onde posso dizer que ele me acompanha desde a minha primeira ginga. Cada um de nós fez sua estrada e nos reencontramos agora fazendo nosso trabalho juntos com os mesmos objetivos em prol da Capoeira.

Porque está neste projeto:
"Acredito na Mulher em tudo que queira fazer! Acredito no espaço igualitário que a capoeira nos dá e nela quero desenvolver meu melhor papel. Toda e qualquer atividade séria que a Capoeira me dá oportunidade eu quero estar. Trabalhos coletivos, troca de experiências, novos aprendizados, novos desafios, isso nos engrandece! O nosso momento "feminino" precisava de uma ação como o Mulheres da Garoa para mostrar essa força! E quem bom fazer parte!"

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Larissa Borrachinha



Nome: Larissa Vilas Boas Magalhães
Apelido na capoeira: Borracha Quilombola
Nascida: 16/11/1997
Aluna do Professor Gugu do grupo Quilombolas de luz, Mestre Paulão
Outra especialidade cultural além da capoeira: Pequena experiência em dança Afro.


Relação com a capoeira:
"A minha relação com a capoeira começou em 2010, aos 12 anos, quando conheci esta arte através do projeto social que acontecia na Bela Vista, onde comecei a treinar com o professor Gugu, então, não parei mais. Desde muito nova de capoeira fui incentivada a estar nos eventos e conhecer a capoeira de verdade. São 7 anos de muitas vivências e experiências, hoje aos 19 anos de idade tive a oportunidade de estar fora do Brasil e vivenciar uma experiência incrível! A Capoeira pode nos dar tudo que precisamos, basta que façamos por ela."

Porque está neste projeto:
"A união de um grupo forte de capoeiristas que podem fazer a diferença nesse momento."

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Natália BomBom



Nome: Natália Da Silva Santos
Apelido na capoeira: BomBom
Nascida: 25/04/1999
Aluna da Professora Dani do grupo Aidê, Mestrando Azedo
Outra especialidade cultural além da capoeira: A princípio somente a Capoeira.


Relação com a capoeira:
"Iniciei a capoeira em 2009 aos meus 10 anos de idade no projeto chamado CER (Centro Educacional e Recreativo) em São Vicente / SP. Conheci a capoeira através da minha irmã que já praticava. Fui me encantando aos poucos pela arte. Fiquei nesse projeto por 7 anos no começo e achava que a capoeira era uma dança coreografada, mas hoje sei que ela é muito mais, além de ser uma luta, ela te abre portas, dá experiência onde você sente que cada treino, esforço e lágrimas, valeu a pena. Hoje não consigo viver sem ela."

Porque está neste projeto:
"A oportunidade que o projeto está dando de unir as mulheres. De conhecer novas pessoas e poder trocar informações."

Simone Raposa



Nome: Simone Barros Rueda Farias
Apelido na capoeira: Raposa
Nascida: 10/08/1975
Professora do grupo Muzenza, Mestre Busca Longe.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Maculelê e estudos \ atividades com Jongo, Samba de roda, Tambor de Crioula e Coco de roda.


Relação com a capoeira:
"Iniciei na Capoeira em 1995 com o Mestre Nenê no Grupo Ginga Brasil Capoeira em SP, onde treinei até o ano de 2001 chegando até a quinta graduação (Laranja). Nesse período me mudei para Guarulhos, onde passei a treinar com o Mestre Busca Longe (na época Instrutor do Grupo Cultuarte Capoeira) que em 2006 passou a integrar o Grupo Muzenza. Durante minha trajetória na Capoeira, conquistei alguns títulos, como: Primeira colocada nos Jogos Universitários em 2004 (FUPE - Federação universitária Paulista de Esportes), primeira colocada no campeonato Paulista Muzenza realizado pelo Mestre Muralha (na época professor) segunda colocada no campeonato interestadual Muzenza em Presidente Prudente - SP em 2007 e terceira colocada no campeonato mundial aberto do Grupo Muzenza de 2013. Em 2014 recebi a primeira graduação de Professora e neste ano (2017) a segunda graduação de professora no Grupo Muzenza. Na minha experiência profissional com a Capoeira, já ministrei aulas em escolas de educação infantil e academias para crianças e adultos. Hoje desenvolvo um trabalho no Espaço Cultural Muzenza SP, juntamente com meu mestre."

Porque está neste projeto:
"Gosto muito de ações coletivas que promovem integração, união, desenvolvimento e valorização da nossa cultura. Outro ponto, foi a paixão que tenho por conhecer outras culturas e a oportunidade do intercâmbio num lugar como a Indonésia."

Lilian Prado Lili



Nome: Lilian Santos de Godoy Prado
Apelido na capoeira: Lili
Nascida: 10/04/1976
Aluna do grupo Cordão de Ouro, Mestre Suassuna
Outra especialidade cultural além da capoeira: A princípio somente a capoeira



Relação com a capoeira:
"Eu iniciei na capoeira por incentivo de uma amiga muitos anos atrás. E, infelizmente, parei por muitos anos. Eu queria fazer outra luta e nem conhecia capoeira, combinei de fazer uma aula, só para ela parar de falar, no entanto, apaixonei-me pela capoeira e desisti da outra luta. O mais engraçado é que ela nunca fez Capoeira."

Porque está neste projeto:
"Pela integração com outras meninas"

Cláudia Anhuma



Nome: Cláudia de Brito Silva
Apelido na capoeira: Anhuma
Nascida: 03/02/1986
Estagiária do grupo Magia da Capoeira, Mestre Raio Negro.
Outra especialidade cultural além da capoeira: A princípio somente a capoeira



Relação com a capoeira:
"Bom, dei início na Capoeira depois de começar a acompanhar meu irmão nas aulas e nas rodas de capoeira. E eu sempre fui encantada pelo som do berimbau em suas infinitas variações de toques acompanhado das cantigas. Até que um dia eu recebi um convite do professor (hoje mestrando Bornalha) para participar de uma aula e desde então eu nunca mais parei. Um momento que marcou para mim foi quando eu cantei a primeira vez na roda de capoeira, todos olharam espantados que eu pensei que havia feito algo terrível, mas depois foi só alegria. Considero experiências importantes todas aquelas que eu alcanço no dia a dia com a Capoeira. A Capoeira é uma caixinha de surpresas onde eu aprecio com moderação tudo que ela me proporciona."

Porque está neste projeto:
"A Capoeira nos faz ter uma visão muito ampla de tudo que podemos fazer com a Capoeira e pela Capoeira, e uma idéia como essa (Mulheres da Garoa na Ilha da Magia) nos faz ter certeza de que tudo que fizemos pela capoeira gira em torno de nós mesmos. Eu, particularmente, gosto muito de conhecer pessoas, fazer amizade e de conhecer culturas diferentes, costumes diferentes. Tudo isso é enriquecedor para quem absorve e principalmente para quem transfere o que aprendeu ao próximo. A capoeira para mim é o Alfa e o ômega."Minha vida não foi fácil, nada foi de brincadeira, mas hoje viajo o mundo, jogando capoeira!""

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Aline Longui



Nome: Aline Cristina de Oliveira Longui
Apelido na capoeira: Longui
Nascida: 15/07
Professora do grupo Candieiro - Jundiaí
Outra especialidade cultural além da capoeira: Tenho formação em Dança e Consciência corporal (Pós graduação - Universidade Gama Filho), cursos - Instituto Brincante (Antonio Nóbrega), atuando nas Danças Populares brasileiras, como o Frevo, Dança dos Arcos (Cavalo Marinho), Cacuriá, Coco de roda, etc... (Ao qual fui convidada a ministrar vivências em diversos estados do Brasil, e alguns países como Venezuela, Romênia e Alemanha. Também com especialização em danças circulares sagradas. Oficinas boneca de pano Abayomi (ao qual ministrei oficina no Ministério da Cultura de Aragua / Venezuela, e diversos estados do Brasil). Participação como coreógrafa em eventos relacionados a cultura afro-brasileira, como danças, teatralização musical e palestra vivenciada.


Relação com a capoeira:
"Iniciei na Capoeira em 1997 com Mestre Dentinho em Jundiaí (atualmente grupo Candieiro Capoeira), com apoio da minha família e principalmente de meu avô (in memorian) que sempre me incentivou ao esporte, me apaixonei desde o primeiro contato, tive muitos obstáculos no caminho, ao qual transformei em degraus, iniciei a faculdade de educação física por incentivo da Capoeira, no segundo ano da faculdade engravidei, pensei que tudo havia acabado, pois assumi o meu filho sózinha, mas graças ao apoio dos meus pais continuei no meu sonho, muito trabalho, treinos e uma nova vida com meu filho e muitas responsabilidades, fui muito criticada por ser mãe - capoeirista e ter que viajar muitas vezes em busca de meu sonho, pensei várias vezes que não conseguiria, mas as alegrias sempre foram mais fortes, meus alunos, minhas superações, minha família me fortalecendo até hoje. A capoeira me levou ao imenso mundo das danças populares ao qual me apaixonei, e me inspirou a buscar mais conhecimento, fiz pós graduação em dança e consciência corporal, diversos cursos de Danças Populares, que me abriram grandes portas e possibilidades profissionais. Já vivi muitos momentos de plena felicidade dentro da capoeira, como conhecer antigos mestres, me emocionar com a fala deles (até hoje sinto isso), e também uma das maiores alegrias foram meus primeiros convites internacionais para desenvolver trabalho com a capoeira e as danças populares, esse reconhecimento é gratificante, mas sei o longo caminho ainda para percorrer e aprender nesse mundo tão rico culturalmente. Por sentir sempre a necessidade de apoiar, valorizar e empoderar as mulheres na capoeira, por diversas situações de machismo que vivi e presenciei, senti a necessidade de realizar um evento feminino e aconteceu 03 edições, evento chamado Bate palma pra Ela, em minha cidade, parei por dois anos, por não sentir apoio, e me fortaleci este ano para realizar a Quarta Edição, iniciei também um coletivo de mulheres capoeiristas de Jundiaí e região, com o intuito de fortalecer vínculos entre as mulheres  independente de grupo ou bandeira, sei que a tarefa não é fácil mas não desisto. Tudo que sou e que tenho devo e dedico a capoeira, me transformou como mulher, mãe, filha, capoeirista, é a capoeira quem sempre me acolheu, me deu os melhores amigos e momentos, resgatou minha identidade cultural, minha ancestralidade, me empodera, me fortalece, realmente "É tudo que a boa come!"

Porque está neste projeto:
"Primeiramente porque acredito no poder do coletivo, paralelo a isso acredito que a capoeira foi e sempre será instrumento de transformação social, e essa proposta vem de encontro ao contexto do processo histórico do Brasil, que se fortalece pela sua cultura, pela comunhão, pela partilha, pelas trocas, pela resistência e se propaga pelo mundo e viver isso em outros continentes é maravilhoso pelas trocas culturais, e aprendizados que nos conectam com nossa ancestralidade e dá mais sentido a nossa luta!"

Elisabeth Sorriso



Nome: Elisabeth da Silva Santos
Apelido na capoeira: Sorriso
Nascida: 24/10/2001
Aluna da Professora Dani do grupo Aidê Capoeira, mestrando Azedo.
Outra especialidade cultural além da capoeira: 
Experiências em algumas manifestações.

Relação com a capoeira:
"Conheci a capoeira no projeto Cer (Centro educacional recreativo) em 2009, em São Vicente no litoral de SP, eu tinha 08 anos de idade quando eu fui desafiada pelas minhas amigas a fazer uma semana de capoeira, no começo eu estava fazendo de brincadeira, mas quando eu fui reparar eu já estava me envolvendo cada vez mais, como era uma das mais novas foi bem difícil para pegar as coisas, daí com o tempo acabou virando um vício para mim, com um tempo as meninas foram parando e acabei ficando só eu e minha irmã. Hoje eu vejo que aquilo que seria uma brincadeira, acabou virando uma grande parte de mim. Momentos marcantes que eu tive e tenho, como a primeira vez que eu fui para São Paulo na Bela Vista em 2012, esse evento foi importante para mim porque fez eu ver que a capoeira era além do que eu pensava, mas o que me marcou muito foi quando eu peguei minha última corda infantil com 14 anos, foi quando minha família viu que a capoeira é importante para mim."

Porque está neste projeto:
"Ser indicada para participar foi a minha primeira motivação e ver que o que eu achava que era só uma bobeira de criança hoje se transformar em uma oportunidade de conhecer outro país com as mulheres da garoa se torna incrível, mas o que me motivou mais foi fortalecer o coletivo e unir as mulheres."

Lisandra Flor de Lis



Nome: Lisandra Arantes Carvalho
Apelido na capoeira: Flor de Lis
Nascida: 22/09/1976
Professora, treina com a CM Natália do Grupo Família Irmãos Unidos - FIU
Outra especialidade cultural além da capoeira: 
Experiências em algumas manifestações populares.

Relação com a capoeira:
"Passei  boa parte da vida dizendo que queria fazer capoeira, mas não me sentia capaz eu acho. Até que aos 25 anos, já formada advogada, feminista desde nascida e levada por uma amiga (Bibi) comecei a treinar em um pequeno grupo chamado Negros de Aruanda, do Mestre Salgado, na Pompéia/SP. Em 2004 tive que me mudar para Brasília, já iniciada na capoeira há dois anos, encontrei o grupo UCDF Capoeira, do Mestre Foca e Mestra Suely e treinando e perseverando descobri que, de fato, era capaz e podia sim ser capoeirista. Foram 12 anos de muito aprendizado em Brasília, duas vezes grávida, duas vezes carregando menino no colo, tantas vezes com dores, mas eu estava lá, jamais deixei de estar. Sequer imagino como seria minha vida sem a capoeira hoje. Formada professora, mais uma vez a vida mudou e voltei para São Paulo com um filho pela mão (Jorge) e um na barriga (Artur), sozinha, sem grupo, sem referências, conheci minha estrela da sorte, a Contramestra Natália FIU, minha referência a quem considero mestra e quem reabriu as portas e janelas da capoeira e cultura popular para mim. Foi então que, em meados de 2017, o grupo Família Irmãos Unidos, liderado pelo Contramestre Sidnei, generosamente me recebeu como integrante. Hoje faço parte dessa família como se nela tivesse nascido. Meus filhos estão crescendo: Jorge 09 anos e Artur 02 anos e aprendendo que a capoeira e a cultura popular são meus alicerces de vida, minha fonte de energia e meu orgulho. Se eu fosse musicar a minha vida hoje, seguramente esse disco começaria assim: < Sem Capoeira eu não posso viver... sou peixe fora do mar... passarinho sem voar...>!"

Porque está neste projeto:
"O coletivo feminino, integrar e conhecer essas mulheres poderosas, fortes e motivadoras. Participar de um trabalho que incentiva a mulher capoeirista e acima de tudo colabora para que possamos progredir na igualdade de gênero em todos os campos da sociedade, especialmente, neste caso, na Capoeira."

Cíntia Feitiça



Nome: Cíntia Vitorino Santos
Apelido na capoeira: Feitiça
Nascida: 01/08/1974
Instrutora do Grupo União Capoeira, Mestre Assombroso
Outra especialidade cultural além da capoeira: Maculelê e Dança Afro.


Relação com a capoeira:
"Não tenho um trabalho de capoeira (alunos), mas participo efetivamente de todas as atividades do meu grupo, auxiliando meu mestre na organização de eventos e durante as aulas. Sempre o acompanho em viagens e eventos de capoeira, o que me permite conhecer e treinar com mestres de muitas regiões de São Paulo e outros Estados, o que é muito enriquecedor.  Participo do evento Capoeirando em Ilhéus, organizado pelo Mestre Suassuna desde 2005, vivência essa que me agrega muito aprendizado e grandes amizades."

Porque está neste projeto:
"Já estava acompanhando a viagem e o último evento da Escola Cultural Zungu Capoeira na Indonésia através do Facebook da Pollyana, e estava maravilhada com o grande trabalho e as paisagens da região. Quando via a chamada, achei muito interessante a ideia do coletivo e da força feminina. Obrigada pela oportunidade de aprender e vivenciar novas experiências!"

Elaine Nanny



Nome: Elaine Carvalho França
Apelido na capoeira: Nanny
Nascida: 07/05/1987
Monitora do Grupo Cordão de Ouro, Professor Marcus Preguiça
Outra especialidade cultural além da capoeira: 
Experiências em algumas manifestações populares.

Relação com a capoeira:
"Cresci longe de meus pais biológicos e aos 12 anos de idade entrei em um abrigo para menores incapazes onde permaneci até os 22 anos. Neste mesmo local aos 16 anos tive o meu primeiro contato com a Capoeira. Em relação as músicas e aos toques, foi amor a primeira vista, mas aconteceram algumas coisas que (neste momento não cabe mencioná-las) não me permitiram praticar o esporte na integra. Mas com esse desejo latente e gritante dentro de mim, na primeira oportunidade que me vi livre dessa opressão, fui atras e encontrei o grupo no qual faço parte: Cordão de Ouro. Sou tão apaixonada pela capoeira e tão grata por tudo o que ela fez por mim que nem se eu me derramasse em rios de sangue por ela, pagaria a minha dívida. Hoje graças a DEUS e a ela eu tenho um emprego (trabalho dentro da fundação CASA dando aulas de capoeira "sou arte educadora") tenho um pai adotivo (meu professor que faz de tudo por mim) e busco da melhor forma possível devolver e me envolver em todo esse amor e cuidado que a capoeira tem por mim."

Porque está neste projeto:
"Principalmente o fato de ser para mulheres. Seria bom não precisar dessa nomenclatura, mas infelizmente neste momento que ainda estamos vivendo na história da Capoeira e da humanidade em si, isso se faz necessário!"

Renata Trakinas



Nome: Renata Aparecida Silva
Apelido na capoeira: Trakinas
Nascida: 29/08/1983
Instrutora do Grupo Capoeira Brasil, Formando Pit Bull
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda e Maculelê.


Relação com a capoeira:
"Meu contato com a capoeira oficialmente foi aos 04 anos de idade, com meu pai Mestre Jacaré de Diadema na Associação de Capoeira Quilombo dos Palmares. Com ele permaneci até 2004, onde me formei. Entretanto vivenciei os melhores momentos e experiências da minha vida, entre treinos, eventos, campeonatos, auxiliando meu pai, ministrando aulas. Em 2009, decido viver novas experiências e fui acolhida pelo Mestre Panda do Grupo Capoeira Gira Mundo, em um grupo de Capoeira contemporânea. Foi onde tive a oportunidade de começar um trabalho com a capoeira, e formei uma turma onde eu lecionava aulas para crianças e adolescentes de uma comunidade carente. Infelizmente em 2010 eu sofri um trauma na roda, onde a consequência foi uma hemorragia no olho direito e o deslocamento da retina no olho esquerdo. Esse episódio fez com que eu me afastasse da capoeira para cuidar da saúde. Passei por três cirurgias do deslocamento da retina e quase perdi a visão. Fui proibida por ordens médicas de praticar qualquer atividade física intensa que eu possa sofrer uma queda, ou outro trauma. Permaneci 05 anos afastada da Capoeira, onde fiquei com depressão, e em maio de 2017 eu retornei, alias fui resgatada por um amigo pessoal, o Formando Pit Bull e hoje faço parte do Grupo Capoeira Brasil, onde tenho incentivo e apoio, atualmente como instrutora de Capoeira, ajudando na organização dos eventos da equipe e em breve retorno às aulas para crianças. Minha volta hoje me deixa feliz, estou vivenciando novas experiências, fazendo novas amizades e participando de eventos importantes no mundo da capoeira. Eu voltei para ficar e a Capoeira sempre esteve de braços abertos e me acolheu. Resiliência e gratidão são as palavras que me definem!"

Porque está neste projeto:
"O convite da minha amiga Goianinha, me motivou ainda mais a vivência, novas experiências e quem sabe essa será minha primeira viagem internacional através da capoeira. É uma honra poder fazer parte dessa seletiva, fazer parte dessa equipe onde iremos trabalhar em prol de todas. E entre tantas mulheres maravilhosas, quem for selecionada para ir à Indonésia representará bem as que aqui ficarem. Juntas somos mais fortes! Axé Mulheres da Garoa na Ilha da Magia!"

Helen Caranguejo



Nome: Helen de Carvalho Fagundes
Apelido na capoeira: Caranguejo
Nascida: 14/06/1988
Monitora do Grupo Arte Negra, Mestre Lapa.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda e dança Afro.


Relação com a capoeira:
"Comecei a capoeira em 1995 com o pai Mestre Fagundes e o CM Mineirinho, ambos formados pelo meu mestre atual, o Mestre Lapa. Por conta dos estudos permaneci um tempo afastada e quando retornei vi que era isso mesmo que eu queria para mim, que era dar continuidade e levar a capoeira a diante. Sabemos que o mundo da capoeira é grande e que somos nós que devemos nos adequar a ela. Foi então que comecei a correr atrás de conhecer pessoas, histórias, buscar conversar com os mais velhos e conhecer um pouco mais. Em 2013, conheci na roda da República, o Mestre Ananias, busquei conhecer mais as pessoas e suas histórias, fiz minha primeira viagem para a Bahia onde conheci o evento do Mestre Suassuna "o capoeirando" experiência essa que guardo com muito prazer e tento sempre colocar em prática tudo o que aprendi e vivi. Na segunda viagem para Bahia, fui conhecer um pouco mais sobre a vida do Mestre Ananias, o lugar que ele nasceu, amigos e conhecer também um pouco mais das histórias e curiosidades que o nosso samba de roda trás. Atualmente, além da Capoeira faço aulas de dança afro-brasileira e também faço parte de um bloco afro onde é composto apenas por mulheres. As experiências marcantes que trago comigo, são as viagens que consegui fazer, pois foram sonhos realizados, o prazer de participar de rodas de conversas com aqueles mestres que você admira. Cada momento que vivi tento fazer deles como se fossem os únicos."

Porque está neste projeto:
"O que me motivou a participar foi a curiosidade de conhecer o projeto e ao mesmo tempo o trabalho coletivo e a construção do processo."

Alessandra Boca



Nome: Alessandra Braga de Morais
Apelido na capoeira: Boca
Nascida: 22/06/1971
Professora do Centro Cultural Axé Dendê, Contra Mestre Preto.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Estudo todas as vertentes culturais que acompanham a capoeira, jpa fiz algumas palestras de Samba de Roda e ministrei vivências de maculelê.


Relação com a capoeira:
"Meu primeiro contato com a capoeira foi no ano de 1982, por excessiva e extrema negação de minha família fui obrigada a me afastar, retornei efetivamente no ano de 1990, na cidade de Arraial D'Ajuda com Mestre Raílson, Capoeira Sul da Bahia, onde permaneci por 24 anos. No ano de 2000, me mudei para Jaguariúna/SP, juntamente com meu irmão, minha mãe e meu filho, também capoeiristas por influência minha, para abrir um trabalho de Capoeira na cidade. Tenho formação acadêmica em Pedagogia, curso que me dá grande respaldo. Atualmente dedico em tempo integral minha vida a Capoeira, trabalho exclusivamente com o ensino da arte, em quatro escolas de ensino privado, dois projetos da Prefeitura e academia. Um grande marco na minha trajetória, foi no dia 28/09/2017, onde recebi da prefeitura de Jaguariúna/SP, na Câmara dos Vereadores, uma homenagem referente ao meu trabalho realizado com a capoeira na cidade, na cerimonia estiveram presentes grandes Mestres. Um feito significativo para a Capoeira, foi quando apresentei a Lei que Jaguariúna reconhece a Capoeira como Patrimônio Cultural da Cidade, em tramites finais de aprovação. Hoje em dia realizo meu trabalho sob a supervisão e parceria de meu mestre Preto, com vários projetos em andamento. Tenho quatro (04) filhos que são diretamente ligados ao meu trabalho. E tudo valeu a pena!"

Porque está neste projeto:
"Minha motivação principal foi a proposta do projeto, que além de levar a Cultura da Capoeira ao mundo, promove a integração dos envolvidos."

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Júlia Calada



Nome: Júlia Andrade da Cruz
Apelido na capoeira: Calada
Nascida: 27/10/1986
Aluna avançada do Grupo Geração Capoeira, Mestre Bambu.
Outra especialidade cultural além da capoeira: 
Experiências em algumas manifestações.

Relação com a capoeira:
"Comecei a treinar capoeira em 2002, com 15 anos, na academia do Mestre Bambú, no bairro da Aclimação. Foi meu primeiro contato e, desde então, minha ligação com a capoeira se tornou cada vez mais forte. Junto com o grupo, Mestre Bambú, nosso padrinho Mestre Zé do Lenço, da Bahia, e meus amigos, contramestre Pardal, e os professores Bixiga, Pavio, Royal, Jaque, Forró aprendi a respeitar a capoeira em cada um de seus rituais, suas tradições, respeitar sim os mais velhos, e principalmente a ouvi-los, ter em seus ensinamentos a maior riqueza que podemos levar para a vida em tudo o que a gente realizar, seja dentro ou fora da capoeira. Aprendemos também o quanto a capoeira é identidade, o quanto ela representa a luta do povo negro por sua libertação e o quanto ela está profundamente ligada à história do Brasil. Nesse sentido, há cerca de três anos, iniciamos um projeto na UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo) com o objetivo de oferecer, proporcionar essa arte a alunos de escolas públicas. De inicio, o foco tem sido estudantes e também moradores do bairro da Bela Vista, mas o plano é estender para as demais regiões da cidade. O projeto está sendo realizado pelo nosso grupo, Geração, em parceria com o Grupo Quilombolas de Luz, representado pelo professor Carlos Quilombola, e atende hoje cerca de 150 pessoas, principalmente crianças e adolescentes. Uma das atividades do projeto é realizar apresentações de capoeira nas escolas e é impressionante como ela é pouca conhecida entre a juventude. Algo que parece totalmente invertido no que se refere à valorização da nossa cultura, e acredito não ser muito diferente em relação a outras manifestações populares como Samba de Roda, Coco de Roda e Jongo. Manifestações essas, inclusive, que só pude ter o prazer de conhecer através da capoeira. Ela tem mesmo muito a nos ensinar! Muito importante para mim também têm sido os treinos especiais de mulheres, organizados pela Contramestra Natália. Há quase um ano participo dessas atividades que são enriquecedoras. São treinos, musicalidade, encontros, conversas sobre capoeira, cultura popular e, principalmente a importância das mulheres se organizarem enquanto fortes representantes da nossa arte!"

Porque está neste projeto:
"Poucas vezes eu pude viver na capoeira ações de integração tão forte, que envolvessem tantas pessoas de grupos diferentes, com histórias diferentes, com trabalhos incríveis. E se o objetivo é compartilhar a nossa cultura com outros povos, trocar experiências com outras culturas, ensinar e também aprender, tenho certeza que é algo de muito valor e faço parte disso com o maior orgulho!"

Victória Pimenta Oncinha





Nome: Victória Pimenta Agustinho
Apelido na capoeira: Oncinha
Nascida: 21/09/1999
Aluna do Grupo Família Irmãos Unidos, Contra Mestre Arthur.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda, Jongo, Coco de roda e maculelê.


Relação com a capoeira:
"Conheci a Capoeira através de meus primos, e desde então comecei a treinar na casa de cultura da Brasilândia, em 2014. No começo não era nada sério, eu ia por lazer. Até que tive uma fase ruim na minha vida, e a capoeira foi o que me ergueu e me mostrou um novo mundo cheio de oportunidades, amizades, conhecimento, amor, carinho, respeito e felicidade. Onde cada dia foi me mostrando coisas novas, abrindo novas portas, e fui vendo que da dedicação e esforços, surgem os resultados e os melhores possíveis."

Porque está neste projeto:
"Ter pessoas do meu convívio, ver as grandes referências que temos hoje, ter apoio delas e ver elas girando o mundo. E porque não tentar, nada é impossível. Me superar, tirar o pessimismo de ser aluna, e pensar: "eu não consigo", se eu não for e tentar, eu nunca vou saber se conseguiria! Mostrar que não é porque somos mulheres, que não podemos girar o mundo e fazer as coisas acontecerem, mostrar para o mundo nossa força. E as propostas apresentadas pela organização foram muito motivadoras e dar está oportunidade para todas, de aluna a professora é muito legal. Para todas se sentirem a altura, ter o otimismo de tentar, fazer e conseguir o objetivo."

Sangela Baianinha



Nome: Sangela Nunes de Souza
Apelido na capoeira: Baianinha
Nascida: 08/05/1994
Graduada do Grupo Ginga Bahia, Mestre Babalu e professor Marcelinho.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda, maculelê e estou me formando professora de Yoga.


Relação com a capoeira:
"O meu primeiro contato com a capoeira foi aos seis (06) anos de idade, na minha cidade natal em Juazeiro da Bahia, o meu irmão mais velho praticava e eu sempre o acompanhava e participava dos treinos, rodas e eventos. Em 2003 mudei para morar com a minha mãezinha em São Paulo e em 2010 conheci o Grupo Ginga Bahia do mestre Babalu que me acolheu muito bem e me deu uma família linda que me fez se apaixonar mais e mais pela capoeira."

Porque está neste projeto:
"Todo o projeto Mulheres da Garoa é maravilhoso! A minha motivação vem da oportunidade de representar a capoeira feminina de São Paulo, de conquistar cada vez mais espaço e visibilidade para todas as mulheres dentro e fora da capoeira e em fazer parte desse coletivo de irmãs incríveis, guerreiras, que representam a nossa arte e a nossa cultura de forma linda, inteligente e espetacular."

Agata Rosa Negra



Nome: Agata Stefanie Pereira Rosa
Apelido na capoeira: Rosa Negra
Nascida: 11/02/1994
Aluna do Grupo Capoeira Nossa Arte, Mestre Gérson.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda.


Relação com a capoeira:
"Comecei capoeira no projeto Escola da família aos 9/10 anos, porque minha irmã e a minha mãe achavam bonito. Lá dei meus primeiros passos, fiquei no projeto por quase dois anos. Dois anos depois voltei para a capoeira treinando com o Mestre Gérson (com quem treino até hoje). Voltei para capoeira porque meus pais achavam importante eu fazer uma atividade física e diminuir meu tempo ocioso. Lá com um pouco mais de idade pude me dedicar mais e ais poucos a capoeira foi se tornando fundamental em minha vida. Me ajudou a ser melhor como pessoa e a lutar pelos meus objetivos, conhecer minha origem, viver experiências que sem ela provavelmente eu jamais viveria... A capoeira influenciou na minha escolha profissional e me ajuda a conquistar a tão sonhada formação acadêmica, sendo atleta da universidade na modalidade Capoeira. O que mais amo na capoeira é ela ter espaço para todo mundo, independente do seu objetivo quando resolve ser capoeirista, ela sempre te acolhe e te faz se destacar pelo seu melhor, não precisa ser bom em tudo, só precisa se dedicar a ela e encontrará o melhor caminho para seguir." 

Porque está neste projeto:
" Uma experiência para levar para vida! Poder fazer parte de um coletivo de mulheres num mesmo objetivo, de unir forças, me alegra. A curiosidade e oportunidade de levar a capoeira e ser levada por ela à lugares e culturas diferentes e poder retribuir um pouco do que ela me deu é motivador."

domingo, 29 de outubro de 2017

Hélia Goianinha



Nome: Hélia Cristina Pereira Macedo
Apelido na capoeira: Goianinha
Nascida: 20/04/1976
Aluna do Grupo Senzala do Mestre Flávio Caranguejo
Outra especialidade cultural além da capoeira: Jongo.


Relação com a capoeira:
" A minha relação com a capoeira começou em Salvador ao assistir uma Roda no Mercado Modelo. Ali eu me apaixonei! Retornei de viagem e logo comecei a treinar. Porém, naquela época eu havia sofrido um acidente de moto com rompimento dos ligamentos do braço esquerdo. Não tinha mais força motora alguma nesse membro. Com ajuda dos treinos, fui recuperando gradativamente a força, o que me trouxe muito estímulo. Desde então, nunca mais parei de treinar. Busco, na medida do possível, participar de eventos de Capoeira e Multiculturais em várias cidades do país e também fora dele. Em fevereiro/2016 tive a minha primeira experiência internacional participando do Evento Grupo ONA-RERÊ no Chile. Em junho/2017 participei do evento GRUPO PURA ENERGIA em Portugal, evento GRUPO LEMBRANÇA NEGRA na Itália, evento MULHEREÇA na Inglaterra e evento GRUPO SENZALA na França. Para outubro/2018 almejo participar dos eventos so GRUPO ZUNGU na Indonésia através do Projeto MULHERES DA GAROA NA ILHA DA MAGIA"

Porque está neste projeto:
"Acredito que a minha maior motivação é a paixão que tenho pela Cultura Popular Afro-brasileira e a enorme vontade de me tornar uma disseminadora da nossa Arte Cultura, levando-a além das fronteiras."

Nanny Cigana


Nome: Neryane Almeida dos Santos
Apelido na capoeira: Cigana
Nascida: 22/06/1997
Aluna avançada do Grupo Guaraúna do Professor Buiu (Lenílson)
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda e Maculelê.


Relação com a capoeira:
"Uma relação bem intensa! Comecei a treinar Capoeira com 10 anos de idade na região do Grajaú em uma comunidade, no Grupo Mensageiro Capoeira, com o Professor Buiu por influência de amigas tendo a Capoeira como brincadeira e desde então não parei mais, e hoje, tenho a Capoeira como uma parte de mim. Tenho muitos momentos marcantes, como o momento do Batizado, eventos que realizamos, mais algo que me deixou muito feliz e marcou muito, foi minha viagem para Minas Gerais sem meu professor, com uma aluna iniciante. Nessa viagem consegui ter uma visão diferente, vi quanta responsabilidade tenho e vou ter, vi o quanto a Capoeira é única independente de onde esteja e também reconheci a confiança que meu Mestre tem em mim."

Porque está neste projeto:
"Ser convidada a participar foi a primeira motivação, mais lembrar que ontem eu era uma menininha sem interesse, tendo a Capoeira só como uma brincadeira, criada dentro da favela, e hoje estar indo conhecer outro país representando as Mulheres da Garoa, isso me motiva muito mais! Creio que essa oportunidade irá abrir outras e outras portas, que cada momento junto com uma outra cultura só irá somar no conhecimento de cada mulher presente e as que não estarão presente também." 

Elizabeth Chigo Garibaldinha



Nome: Elizabeth Chigo Barbosa
Apelido na capoeira: Garibaldinha
Idade: 21 anos
Estagiária do Grupo Meninos de Salvador Capoeira do Mestre Garibaldo.
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda


Relação com a capoeira:
"Iniciei em 2012 na capoeira, através de uma amiga que infelizmente não treina mais, no dia 01 de abril de 2012, fui acompanhar um treino para conhecer e me apaixonei. Atualmente sou responsável sob a supervisão do Mestre Garibaldo a ministrar os treinos para as crianças da comunidade do bairro onde resido. O trabalho do Mestre Garibaldo é social desde o início não há custo, pedimos apenas dedicação, respeito à arte e comprometimento. A paixão pela capoeira é tão grande que hoje na minha graduação, pedagogia, pesquiso sobre a capoeira como prática pedagógica e suas contribuições para Educação infantil, questão relacionadas ao ensino de história do Brasil, corporeidade e psicomotricidade."

Porque está neste projeto:
"O projeto vem de encontro com algumas de minhas expectativas profissionais e pessoais, Tenho grande interesse por vivenciar e aprender com novas culturas, pesquisei sobre a Indonésia e fiquei imensamente encantada pelas tradições locais. Em minhas pesquisas percebi o quanto as mulheres do país precisam de apoio para se empoderar e acredito que praticar capoeira é um ato de resistência contra as questões de gênero impostas.
Espero poder contribuir e quem sabe ser uma referência de mulher para algumas meninas e mulheres da Indonésia."

Fernanda Guará



Nome: Fernanda Nascimento Bessa
Apelido na capoeira: Guará
Nascida: 25/06/1997
Graduada do Grupo IDEAL Capoeira da Contra Mestra Vermelha
Outra especialidade cultural além da capoeira: Experiências em algumas manifestações.


Relação com a capoeira:
"Há 10 anos conheci a capoeira através de amigos da minha rua onde eu moro, convidou todas as crianças da rua para irem treinar também e eu era uma delas. O projeto de aulas de capoeira tinha acabado de começar no bairro com a CM Vermelha que na época era graduada ainda. E depois desse primeiro contato com a capoeira eu nunca mais larguei, infelizmente toda aquela molecada foram largando aos poucos, mas posso contar que eu fui uma das únicas que permaneceu no projeto fazendo Capoeira. Comecei com 10 anos de idade e confesso que era apenas um esporte para mim, mas ao passar dos anos vi que a capoeira não era apenas um esporte, e sim uma filosofia de vida, um segmento que nos dá a opção de escolha, de entrar nesse mundo mágico de cabeça e ter experiências que só ela (Capoeira) nos pode proporcionar. A Capoeira fez parte do meu crescimento como pessoa, como mulher, na minha formação, no meu seguimento de vida, ajudou na minha educação, sem ao menos eu ainda não ter dado quase nada de retorno para ela (Capoeira). Ela já me proporcionou tudo isso e acredito que irá me proporcionar muito mais. Ainda sou nova de Capoeira, apenas 10 anos, mas já tive muitas experiências e momentos marcantes com ela, dentro do nosso núcleo já passamos por altos e baixos e quando tudo parecia não ter solução, nossa professora nunca nos largou, mesmo tendo todos os motivos e dificuldades ela acreditou em cada um que treinava no projeto sabendo que seria difícil e talvez não tivesse retorno, ela nunca desistiu deste trabalho, e eu mesmo tão nova vendo isso, tenho esse momento marcante em mim. Além do universo da Capoeira, como também da nossa vida, se não tivermos persistência nas coisas que fazemos e queremos fazer, não teremos resultado nenhum. Hoje ainda treino no mesmo lugar e com a mesma professora, muitas coisas ocorreram durante essa caminhada e no meio dessas vieram parceiros e companheiros que foram esses dois: Instrutor Grilo e Instrutor Alagoas (meus parceiros de caminhada também). Juntos com a CM Vermelha fizeram com que o trabalho crescesse e se fortalecesse nos mantendo até hoje. Hoje com minha persistência e dedicação alcancei o nível de graduada dentro na capoeiragem, e estou em busca da melhoria sempre, ainda tenho muito que aprender e passar por situações, mas isso não será pretexto para eu desistir. Eu escolhi a Capoeira e aos poucos estou vendo que ela me escolheu também. Sou difusora dessa arte também. Eu sou Capoeira! Axé"

Porque está neste projeto:
O que me motivou muito foi a ideia do projeto em unir as pessoas (mulheres) para uma oportunidade de colocar em prática o que cada uma já faz individualmente. Conquistar mais esse espaço. E essa viagem irá nos agregar muita bagagem e também fazer enxergar que sonhos podem ser realizados, não só os dos outros. Oportunidade única que abrirá portas para todos, e viver essa experiência vai ser inexplicável ainda mais fazendo o que mais amamos, difundir nossa Cultura!

Josiane Borboleta



Nome: Josiane Dominoni Gomes
Apelido na capoeira: Borboleta
Nascida: 21/03/1976
Graduada do Grupo C.A.S.A. da Iúna do Professor Feijão
Outra especialidade cultural além da capoeira: Samba de roda, Coco de roda, Frevo e Maculelê.


Relação com a capoeira:
"Eu comecei a capoeira na faculdade (1996), tive a sorte de iniciar com uma professora que me inspirou bastante, lembro que no meu batizado já participei do teatro e da apresentação de Maculelê. O que me atraiu na capoeira foi a energia, a possibilidade de ter um momento só meu, onde eu não precisava pensar em nada. Por muito tempo foi assim, buscava os lugares onde eu podia me sentir bem, interagir com as pessoas. Como eu fui meio nômade, acabei treinando com diferentes professores e diferentes grupos. Também fiquei afastada um período por conta de uma cirurgia no joelho e gravidez. Conheci meu marido na capoeira, meu filho nasceu na capoeira. A capoeira para mim é transformação, é necessidade de adaptação, é sair da zona de conforto, é ver além, é provocar mudanças, é construir pontes, é gerar energia positiva! Depois de 17 anos no mundo corporativo, fui desligada (fev/2016) e resolvi assumir outro papel na capoeira, nesse período muita coisa aconteceu, as fichas ainda estão caindo mas acredito que tenho um papel e uma responsabilidade com a capoeira, não dá mais para ser apenas um hobby, é hora de arregaçar as mangas e trabalhar! Minhas conquistas nesse período foi estruturar o trabalho da CASA da Iúna em Jundiaí, ajudar a viabilizar a ida do grupo de capoeiristas para Londres no evento Mulheraça, o intercâmbio cultural na Alemanha e a participação no coletivo de mulheres capoeiristas de Jundiaí e região".

Porque está neste projeto:
"Achei a proposta incrível, participar de um grupo que busca o coletivo, o engajamento das mulheres em parceria com os homens, a possibilidade de troca, novas vivências e experiências. Viajar é maravilhoso por si só, ter a oportunidade de viajar para um país onde a cultura é totalmente diferente da nossa, com a capoeira e a cultura brasileira como ferramenta é incrível! Imagino o quanto traremos de bagagem e o quanto deixaremos de nós por lá. O fato de poder contribuir com a minha experiência e ajudar o grupo na realização de um objetivo maior e ver a forã do coletivo em ação para mim é um resultado sensacional!"

Pamela Pequena



Nome: Pamela Cristina Almeida Silva
Apelido na capoeira: Pequena
Nascida: 26/05/1991
Aluna avançada do Grupo Guaraúna do Professor Buiu (Lenílson)
Outra especialidade cultural além da capoeira: Maculele



Relação com a capoeira:
"Conheci a capoeira quando tinha apenas 5 anos de idade, junto aos meus pais que também praticavam. Uma chama acesa à 22 anos atrás, que jamais se apagou. Entrei no Guaraúna em 2011, onde minha perspectiva para a capoeira mudou totalmente. Sempre morei em comunidade, mas nunca vi o grande "caos" em que vivia, e que a capoeira poderia ser ferramenta: de inclusão social; de educação; de formação de cidadãos; que poderia ser ferramenta para levar alegria; que poderia alimentar crianças famintas, que poderia tirar crianças, jovens e adultos da vida do crime. Enfim vários aspectos que eu só tive a oportunidade de conhecer após entrar no grupo Guaraúna, grande respeito com meu Mestre que me ensinou os primeiros passos e meus pais. Hoje junto com meu Professor e todo grupo atendemos semanalmente cerva de 230 pessoas aqui na Região sul de São Paulo. Capoeira para mim está muito além dos bons cantadores, jogadores, ou tocadores, capoeira é viva, ela move, ela nos transforma, ela vibra, ela alimenta alma, corpo e mente. É por isso que vivo por ela, que amo estar nos guetos/comunidades por ela, e não trocaria minha vida ou esta arte por nenhuma outra. "Capoeira é tudo que a boca come e mais um pouco"."

Porque está neste projeto:
"A oportunidade de conhecer novas pessoas, e de firmar as amizades que já conheço, o desafio do trabalho em equipe, a oportunidade de aprender mais e mais sobre a capoeira, e ser exemplo para as crianças, jovens e adolescentes que acompanho e que estão começando agora na capoeira, que a capoeira além de transformar vidas pode te levar para conhecer o mundo inteiro."